19 de fevereiro de 2015

Como se toca um Coração?



Pergunta pertinente esta pergunta, não é?

Numa resposta simples e directa, poderíamos dizer, que só um coração para tocar outro coração!

Mas podemos partir para tantas outras questões... Os Sentidos?! Às vezes baralham tudo, outras porém, colocam tudo no seu devido lugar. Ui!! Que Baralhação!!!! São os sentidos, que estão confusos… Mas é um facto, não podemos usar o tacto para tocar um coração, também não o vemos, também não tem cheiro nem gosto...Ah! Mas, podemos ouvi-lo... Se bem que às vezes é uma tarefa difícil, principalmente, quando ele sussurra baixinho e bate bem devagarinho, porque se sente muito fraquinho... Sim, um coração é delicado, às vezes fica triste, outras, magoa-se, outras ainda, fere-se gravemente. O coração não gosta, mas às vezes tem de entrar em batalhas, há por aí uns outros corações mauzões e ele precisa de se defender, outras vezes tem que defender. Um coração tem de ser Valente e Corajoso! O coração também é rebelde, ele tem vontade própria. É sincero quando gosta, violento quando se apaixona e ciumento quando gosta muito, mas de tão tolo fica inseguro…

E como sente um coração?! Sente, como sente um coração…é capaz de ouvir, os gritos dos mudos, e ver os que os cegos vêm…tocar o que simplesmente não tem forma… Esquisito não é?! Incompreensível, irracional...E podemos chamar o coração de irracional? Não, nunca! Ele sabe tudo, vê tudo, compreende tudo! Como?! Como só um coração é capaz…perspicaz ele é e não há outro igual… E como fala um coração? Para que o possamos ouvir? Isso é magia… fala como fala um coração, não tem língua nem pátria, nem credos, mas poderíamos dizer que o Coraçonês é a única linguagem universal, que não conhece fronteiras, nem barreiras… declara-se pelos sentimentos! E o é isso de sentimentos? São coisas que o coração sente…coisas que o fazem pular de felicidade ou então desvairar de tanta raiva, ou ficar doentinho de tanta tristeza! E o coração também sorri? Claro que sim… Como?! Como só um coração sorri…é como um balão de ar quente, ou bolinhas de sabão, que flutuam no ar de tão leves…quando o coração sorri, milhares de estrelas explodem no céu, então, ficamos cobertos com pó de estrelas, e luciluzimos, porque somos especiais…
O que é ser especial? É ser o que faz feliz o coração.
by Mir

14 de fevereiro de 2015

Explicar Amor!



Porque por estes dias é difícil fugir à temática – S. Valentim!

S. Valentim era alguém que amava profundamente e acreditava no amor, de tal forma que dedicou a sua vida a tornar possíveis, amores impossíveis…

Por isso, hoje escolhi falar de Camões… Ah!! Sempre Camões…
Para mim, o meu poeta favorito quando é necessário falar/explicar Amor!

De certo, todos conhecem, o soneto Amor é Fogo que Arde sem se Ver, é um conjunto de contradições (ou por estes dias  contra-sensos…)




Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem-querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?




Homem de paixões, Camões, usava o seu Génio para comunicar, tantas vezes com muito engenho, camuflando a verdade…




Não te amo mais.
Estarei a mentir se disser que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
não significas nada.
Não poderia jamais dizer que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu amo-te!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais.



Genial!! mas muito poucos o entendem… Por estes dias…




É tarde demais.
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
Eu amo-te!
E jamais usarei a frase
Já te esqueci!
Sinto cada vez mais que
Alimento um grande amor.
Não poderia jamais dizer que
Não significas nada.
Sinto dentro de mim que
Nada foi em vão.
Tenho certeza que
Ainda te quero como sempre quis.
Estarei a mentir se disser que
Não te amo mais.



Uiii!! Confuso!! Sim, é o mesmo poema mas lido ao contrário, de baixo para cima… e aqui podemos aprender, que perante um enigma, ou algo sem sentido aparente, devemos agir como quando enfrentamos um problema complicado de aritmética - é válido como para tudo na vida, para uma correcta avaliação devemos compreender todas as suas variáveis e condicionantes…


:+)